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Mostrando postagens de março, 2023

ROLANDO COM ALGORITMOS: Como aplicar pensamento computacional no Jiu-Jitsu

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Aula ministrada  no Café no Dojo em 28/10/24  por Daniel Cavalcanti , s ob a orientação do sensei Thiago Caitanya. Introdução a algoritmos Um algoritmo é um conjunto finito de operações ordenadas passo-a-passo para resolver um problema ou realizar uma tarefa. Todo algoritmo recebe um conjunto de entradas, as quais são transformadas ou processadas por um conjunto de operações sequenciais, produzindo uma saída. Receitas são o exemplo clássico de algoritmos: os ingredientes são a nossa entrada, os passos são as operações, e o resultado é a saída. O termo passo-a-passo indica a necessidade de completar cada etapa antes que a próxima inicie, pois os passos possuem dependência temporal, o passo seguinte depende do que é produzido no passo anterior. As operações devem seguir uma ordem pré-definida, não é possível assar o bolo antes de bater a massa. As operações devem ser bem definidas, isto é, não podem ser ambíguas. Este conceito frequentemente encontra falhas na sua aplicação. Ret...

DŌJŌ - 道場

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  A palavra japonesa dōJō remete ao termo chinês dàoch ǎ ng , que por sua vez é a transliteração de bodhimanda , do sânscrito. Bodhimanda refere-se ao local onde Buddha tomou assento quando atingiu a Iluminação. Herdado do Budismo, o termo concerne ao local onde os monges praticam meditação, onde se estuda o Zen. É um ambiente espiritualmente propício, onde a essência da Iluminação está presente. Analisando os kanjis, temos: 道 ( dào ou tao ) significando “caminho, princípio de vida”, transliterado como dō ; e 場 – ( ch ǎ ng ) significando “local”, transliterado como jō .  Literalmente, dōjō é traduzido como “local do caminho”. O conteúdo semântico remete ao espaço físico onde se aprende um caminho de aperfeiçoamento pessoal para a compreensão do ciclo da vida. Antigamente no Japão, os dojos eram anexos aos templos budistas e eram locais formais para a prática das artes tradicionais da cultura japonesa, como chadō ; kadō ; shodō ; kodō ; kendō ; judō ; aikid ō ...

ZEN - 禅

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Na propagação do Budismo da Índia para a China, no séc. I, os sutras sofreram adaptações às ideias e terminologias taoístas e confucionistas. Essas adequações à cultura e compreensão chinesa culminaram no Budismo Chinês, que se fundamentava nos sutras, tradições e rituais. No início do séc. VI, o vigésimo oitavo patriarca do Budismo, Bodhidharma, viajou da Índia à China para reestabelecer a verdadeira essência do Budismo, o dhyāna . Dhyāna refere-se à um estado meditativo, normalmente traduzido como “meditação”. Ao estabelecer-se no Mosteiro Shaolin, Bodhidharma se deparou com monges com a saúde fragilizada devido a inatividade física. Visando melhorar esse estado, ensinou-lhes práticas do Yoga e movimentos do Vajramusthi , a arte marcial indiana. No ensino de dhyāna, Bodhidharma enunciou quatro princípios essenciais: ·         transmitir sem levar em conta as escrituras; ·         não depender de palavras ou text...